terça-feira, 11 de setembro de 2007

Rosas


E, novamente, lá estavam elas: desta vez perto da porta semi aberta do quartinho de lixo seco do prédio, num saco de supermercado. Teoricamente deveriam estar num contêiner de lixo orgânico lá no térreo, mas, novamente, lá estavam elas. Não, não fui eu quem as colocou ali, mas fui eu a recepcionada por elas. Não sei se isso é comum, mas achar rosas agonizantes por aí é algo que acontece com certa frequência em minhas andanças rotineiras. Às vezes uma única no asfalto, às vezes diversos buquês nas mais variadas lixeiras. É como se elas me perseguissem, me obrigando a lembrar que sim, ainda existe poesia no mundo. Ainda que em sacos plásticos, lixeiras, asfalto; Ainda que, sempre, morrendo.

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