quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

De volta pra casa.

Adoro a sensação de final de semestre. Misturadas à gastrite -que perdurará durante as férias- sempre está um novo fôlego vindo sei lá de onde. E a perspectiva da volta pra casa, tão diferente a cada vez. Vou rever pessoas queridas, não ver pessoas queridas, talvez (re)encontrar pessoas que já foram as mais queridas, evitar as que não são mais. Aos poucos, essa expectativa se torna menos apavorante e mais gostosa, mesmo que com ela venham as tão temíveis decepções. Ainda há pra quem voltar, e ora pois, sempre haverá. Ao menos nos próximos dez anos, enquanto a morte não diz olá pras pessoas mais queridas eternamente, enquanto os caminhos das ainda queridas pessoas não se separam definitivamente -como ocorreu com algumas-, enquanto os das não mais queridas simplesmente perdem toda a cor, e claro, o sentido. E ainda assim, quando tudo humano tiver virado pó ou se perdido no meio dele, ainda haverá ela, com suas retas e aquele céu que me arranca pelo menos um suspiro por vez. No dia em que as entranhas de Brasília morrerem, ainda haverá sua casca, que está também esculpida nas minhas tripas, de uma forma muda e pulsante. Afinal, é nas folhas secas e ruas largas que meus pés aprenderam a andar. E não há como não ser delicioso e dolorido toda vez.

3 comentários:

BooBoo Maria Gabriela disse...

É, também vou dar uma de encontrinho com o passado neste final de ano, como sempre.

Também tentando me livrar de inferências e criaturas geradoras de pesar. :(

Anônimo disse...

E,é claro, tem eu 8D

R. disse...

xD
paiáça
xD