sexta-feira, 13 de junho de 2008

Evolução

O uso escuso, dissimulado. A fome, estanque, imunda, corroboradora de vísceras podres de abortos naturais. Nojo, nojo da baba viscosa e quente, escorrendo lentamente milímetro por milímetro, lasciva, fétida. Aos poucos se torna um, outro, vários no mesmo ser humano, uma figura tão díspare de todo resto que revira as tripas dos ditos normais. Lentamente caminha, trôpego, cada paralelepípedo sorrindo para ele com dentes de escárnio e olhos quebrados. Maldita cidade corriqueira e sobrevivente, pulsante, acumulando pus nas infecções como ele. Poderia ser considerado um objetivo de vida, aquele: expelindo bile negra por todos os poros, evoluir de gangrena a tumor.
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Coisa (nem dá pra chamar de texto) escrita no sick, em uns 9 minutos.




Não gosto de pimbas nem de chuva em Florianópolis.

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