sábado, 26 de março de 2011

~

Se eu tivesse
aquelas pernas
aqueles peitos
os dentes brancos
nenhum defeito
o peito, afoito,
seria cheio
de um próprio eu
tão complacente
sereno, (e)terno.

Mas não abrigo
a carne certa.
Medusa, olho
em meio à pedra,
e sangro
todos os dias
o mesmo peito
calcificado
faminto
e só.