aquelas pernas
aqueles peitos
os dentes brancos
nenhum defeito
o peito, afoito,
seria cheio
de um próprio eu
tão complacente
sereno, (e)terno.
Mas não abrigo
a carne certa.
Medusa, olho
em meio à pedra,
e sangro
todos os dias
o mesmo peito
calcificado
faminto
e só.
Um comentário:
dói e é lindo.
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